Sábado -
20/04/2024
ASSESSORIA JURÍDICA CRIMINAL E CÍVEL
Jovens Aprendizes que ingressaram em cota da Comlurb com apoio do TJRJ iniciam cursos profissionalizantes no Senai
Desde o início de junho os jovens Samuel Bernardino Vasconcellos, de 18 anos; Igor de Sá Souza e Silva, 19; Marcos Vinícius Ferreira Lins, 17; Luiz Gabriel Antônio Filho, 19; e Ana Luiza de Abreu Marques Martins, 17; começaram a traçar um novo rumo para suas vidas. Junto com mais 35 rapazes e moças, eles iniciaram suas formações profissionais nos cursos de padeiro & confeiteiro e instalador hidráulico oferecidos na unidade Tijuca do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). São Jovens Aprendizes beneficiados pela cota da Comlurb – a maior já ofertada no país, com 918 vagas -, através de contratação intermediada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.A oportunidade já alimenta os sonhos de Igor de Sá Souza e Silva. Morador de Bangu, na Zona Oeste da cidade, o jovem, que vive com o pai e mais dois irmãos menores, quer empreender na área de padaria e confeitaria, sua opção de curso. “Quando me formar vou trabalhar no ramo de bolos e festas. Vou montar meu negócio”, anuncia, sem esconder a esperança de dias mais doces na vida.Colega de curso de Igor, Ana Luiza também projeta seu futuro a partir de agora. Aposta nas massas e confeitos como base de trabalho para conquistar recursos e poder se formar em medicina veterinária. Aluna do 2º ano do Ensino Médio, Ana mora com a mãe e a bisavó, no Engenho da Rainha, na Zona Norte. “O curso é uma oportunidade de seguir com meus estudos e fazer a faculdade”, diz. Mas e se ela gostar da área? “Quem sabe fico”, deixa escapar. Para o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, ao apoiar e agir em benefício dos jovens, o Judiciário fluminense cumpre uma parte de sua função social. Sob sua gestão, definiu, o TJRJ só contrata empresas que cumpram com a lei do Jovem Aprendiz (Lei 12.594/12).“Esta lei, que prevê a colocação de jovens aprendizes nas empresas, é de um alcance social fabuloso. Devemos sempre buscar seu cumprimento, correr atrás das empresas para que elas atendam a esse comando legal. E aí, com certeza, estaremos trabalhando no sentido de diminuir essa dívida que temos com nossa população, com as camadas mais desfavorecidas. Essa iniciativa hoje se deve também ao esforço do Tribunal, que soube contribuir, participar desse instrumento para efetivação dessa medida. É um belíssimo serviço prestado à sociedade”, assinalou o desembargador na solenidade que marcou a assinatura simbólica do Termo de Compromisso para a Regularização da Cota Legal de Aprendizagem entre a Comlurb, o Senai e a Superintendência Regional do Trabalho do Estado do Rio de Janeiro.Acostumado a correr atrás da sobrevivência desde menino – dos 7 aos 12 anos seguia os engarrafamentos da Avenida Brasil com isopor e sacos de pipocas e biscoito Globo para vender -, Luiz Gabriel Antônio Filho, agora entende a importância do “serviço prestado à sociedade” destacado pelo presidente do TJRJ. Morador do Complexo da Maré, na companhia da mãe e de um irmão menor, ele quer abraçar a profissão de instalador hidráulico e não mais ter a sensação de ver a vida escapulir pelo ralo, como chegou a sentir algumas vezes. “Aos poucos, sei que vou aprender. Isso ajuda muito. Quero exercer a função, ter um emprego e ainda ganhar um trocado por fora”, planeja.No dia 26 de maio, Luiz Gabriel, Samuel Bernardino, Igor de Sá, 19; Marcos Vinícius e Ana Luiza conheceram as instalações onde vão estudar presencialmente tão logo as autoridades responsáveis liberem a atividade em segurança sanitária para evitar riscos de contaminação pela Covid-19. Até lá, seguem, com outros 35 colegas, nas aulas remotas mediadas por tecnologia. Os sonhos? Continuam navegando na imaginação à espera de um futuro promissor.Fotos: Brunno Dantas / TJRJ
Fonte:
TJ Rio de Janeiro
08/06/2021 (00:00)
Notícias Jurídicas
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